Autor: Carlo Rachid

Como funciona a escleroterapia com espuma?

A escleroterapia com espuma é um tratamento que elimina as varizes e os pequenos vasinhos. No procedimento, é aplicado uma espuma esclerosante diretamente nas varizes, até que elas desapareçam por completo. A escleroterapia é eficaz e remove completamente as microvarizes e varizes com calibre de até 2 mm. Nas varizes mais calibrosas, esse tratamento não remove totalmente o problema, mas é capaz de reduzir o seu tamanho. Nesse caso, são aplicados mais de uma sessão na mesma variz. As varizes apresentam sinais, como veias tortuosas, dilatadas e azuladas abaixo da pele, causando um problema estético. Mas, além disso, as varizes podem causar:
  • Dor, queimação e sensação de peso nas pernas, acentuados ao final do dia;
  • Inchaço nos pés e tornozelos;
  • Coceira na região da veia varicosa.
As varizes são diagnosticadas durante o exame físico e após uma análise da pele e aparência das veias.

Como é feito o tratamento?

O tratamento é bem simples e pode ser realizado no consultório médico, sem a necessidade de internação ou qualquer tipo de anestesia. Contudo, é preciso que a escleroterapia com espuma seja feita por um médico especialista. No tratamento, a veia é localizada utilizando por meio de um ultrassom e então, é aplicado uma injeção da medicação em forma de espuma. A espuma bloqueia a veia provocando o redirecionamento do sangue. O procedimento provoca uma leve dor e desconforto, seja pelo uso da agulha ou pela introdução do medicamento na veia.

Vantagens e cuidados com a escleroterapia com espuma

Entre as principais vantagens em realizar esse procedimento é a capacidade de aplicar a medicação em diversas varizes, diferente do que aconteceria se o tratamento fosse feito por cirurgia. Após a aplicação, é recomendado que a pessoa utilize meias de compressão elástica para promover o retorno venoso e reduzir o surgimento de novas varizes. Além disso, é indicado evitar a exposição ao sol para não provocar manchas na região. Se for necessário, utilize filtro solar com alto fator de proteção na área tratada.

O tratamento é definitivo?

A eliminação das varizes e dos vasinhos com essa técnica é praticamente definitivo. O vaso que foi tratado não apresentará variz novamente, porém, outras varizes podem aparecer nos locais próximos por diversos fatores. Podem surgir por fatores hereditários, mais comuns, ou alguns fatores de risco como: gravidez, obesidade, idade, sexo feminino, entre outros.

Riscos da escleroterapia com espuma

Em geral, é uma técnica segura e com baixo risco. O desconforto é sentido apenas após a aplicação da espuma, como ardência, inchaço ou vermelhidão no local. Porém, esses sintomas passam dentro de pouco tempo. Em casos mais raros, há reações alérgicas, formação de feridas ou hiperpigmentação da região. Alguns cuidados podem aliviar a dor e impedir complicações, como praticar atividades físicas leves, elevar as pernas por um tempo e utilizar meias de compressão. É importante que a escleroterapia com espuma seja feita por um angiologista ou cirurgião vascular habilitado, para garantir o sucesso da aplicação sem ocorrência de complicações. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião vascular em Divinópolis!

O que é laser transdérmico?

O laser transdérmico é uma técnica utilizada no tratamento de varizes. É aplicada sobre a pele uma luz específica, que aquece o sangue e provoca a contração da veia. Assim, as varizes e vasinhos sofrem um processo de oclusão, bloqueando o fluxo na região. É uma técnica não invasiva e indicada para o tratamento de varizes de baixo calibre, como as Telangiectasias, ou vasinhos, e as Veias Reticulares, conhecidas como microvasos. Conforme o calibre, profundidade e coloração das veias, é selecionado o tipo e a capacidade do laser para potencializar o resultado, reduzindo o desconforto ao paciente. Sendo assim, os resultados variam conforme o calibre utilizado e a profundidade do vaso. Portanto, em alguns casos, é preciso diferentes tipos de laser para alcançar os resultados desejados.

Quem pode fazer o tratamento com Laser Transdérmico?

O tratamento obtém resultados satisfatórios no tratamento de vasinhos e varizes de pequeno calibre. Mas, nem sempre o uso do laser transdérmico é indicado. Em varizes calibrosas, o aquecimento causada pela ação do laser não é suficiente para provocar a oclusão. Gestantes e pacientes com doenças de pele, ou que utilizam medicações fotossensibilizantes, devem passar por exames detalhados e uma avaliação médica criteriosa. Pessoas com a pele mais escura precisam de um cuidado maior, pois a melanina causa uma absorção exacerbada do calor. Assim, é preciso que o médico calibre o aparelho de acordo com o tom da pele do paciente.

Quais os cuidados antes e após a sessão?

É feito um plano de tratamento para assegurar a segurança do paciente. Em alguns casos, é realizado um ecodoppler venoso dos membros inferiores. Uma semana antes e após a aplicação é importante não se expor ao sol, pois a pele fica fotossensível. Em geral, poucos cuidados são necessários durante e após o tratamento. Em síntese, os cuidados mais importantes são manter a pele hidratada e utilizar protetor solar, caso seja necessário se expor ao sol. A recuperação é rápida e, no mesmo dia, o paciente já pode desenvolver suas atividades rotineiras. A atividade física pode ser realizada no dia seguinte. Em alguns casos, pode ocorrer vermelhidão, alteração da pigmentação e formação de crostas no local da aplicação do laser. Porém, esses sinais desaparecem nas primeiras semanas.

Como é a aplicação do laser?

Após a avaliação de quais veias vão passar pela aplicação, os parâmetros do equipamento são ajustados. O paciente se posiciona confortavelmente e utiliza óculos de proteção. Além disso, a região a ser aplicada deve ser resfriada. Após esse preparo, são feitos disparos de laser nas veias selecionadas, com o mínimo de desconforto. Após o procedimento, é aplicado um creme dermatológico na área tratada, para minimizar os danos à pele. Não é preciso o uso de curativos ou enfaixamento das pernas.

Quais as vantagens do tratamento com Laser Transdérmico?

Dentre as principais vantagens do tratamento com o laser, destacamos:
  • Não utiliza agulhas;
  • Não sangra;
  • Não provoca reações alérgicas;
  • Substitui a cirurgia convencional.
O objetivo do tratamento com laser transdérmico é tratar da melhor forma as varizes e vasinhos. A avaliação de um médico junto a um plano de tratamento é fundamental para garantir a segurança do paciente. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião vascular em Divinópolis!

Angiologista x cirurgião vascular: qual a diferença?

Existem muitas dúvidas sobre a diferença entre as profissões de angiologista e cirurgião vascular. Não por acaso, afinal, até meados de 2006, as duas especialidades faziam parte do mesmo escopo.

O advento de novas tecnologias e especificidades da profissão, assim como a necessidade de melhorar as especializações, fizeram com que a angiologia e a cirurgia vascular começassem a trilhar caminhos diferentes.

Neste artigo, falaremos um pouco sobre cada uma das áreas, explicando quais são as funções atribuídas a cada profissional e as indicações. Confira!

O que faz um angiologista?

A angiologia é a especialidade médica responsável por prezar pela saúde do sistema circulatório como um todo: assim, artérias, veias e o sistema linfático são contemplados pela atuação desse médico.

Especialistas do gênero estão aptos a diagnosticar e tratar doenças circulatórias em sua fase inicial e moderada. Também podem fazer sugestões e ensinar rumos de ação para a prevenção de enfermidades múltiplas.

Dentre as doenças mais comuns a serem tratadas por um médico angiologista estão:

  • varizes;
  • aterosclerose;
  • Acidente Vascular Cerebral (AVC);
  • aneurisma;
  • vasculite.

Quando devo buscar um angiologista?

Deve-se procurar orientação desse profissional nos seguintes casos:

  • dores na região das pernas, em especial durante as atividades cotidianas;
  • inchaço nas extremidades do corpo;
  • queimação, dormência ou sensação de peso nas pernas, em especial nas panturrilhas e nos pés;
  • câimbras constantes;
  • alterações estéticas nas veias, que podem ficar mais inchadas e arroxeadas (ou azuladas).

O que faz um cirurgião vascular?

A cirurgia vascular é uma especialidade médica que tem como objetivo tratar as doenças existentes em veias, vasos linfáticos e artérias.

Em sua atuação diária, é natural que o cirurgião vascular trate, de maneira cirúrgica, obstruções nas artérias das pernas, tromboses venosas profundas, varizes profundas, acidentes vasculares cerebrais por obstrução das carótidas e de aneurismas.

Não é incomum, no entanto, que esse profissional seja solicitado em outras áreas da Medicina: no tratamento da quimioterapia, por exemplo, especialistas em cirurgia vascular são os responsáveis pela implantação dos cateteres, que são fundamentais para que o procedimento funcione corretamente.

Pacientes que possuem insuficiência renal crônica, por sua vez, podem contar com a ajuda desse especialista para realizar o procedimento das fístulas arteriovenosas, necessário para a hemodiálise.

Diferenças: angiologia e cirurgia vascular

De forma bastante sintética, podemos dizer que a diferença entre as especialidades está na atuação, embora os temas compartilhados sejam os mesmos.

Enquanto o angiologista faz o diagnóstico das doenças vasculares e estabelece métodos de prevenção e recuperação por  meio de alterações na rotina do paciente, inserção de medicamentos e tratamentos menos invasivos, o cirurgião vascular trata dos problemas já instalados, visando extirpar as suas complicações e promover a cura, a nível mais profundo, das enfermidades.

Como comentamos brevemente em outro momento, a resolução responsável pela separação entre as duas especialidades é bastante recente. Por conta disso, não é incomum que encontremos médicos com formação em Angiologia e Cirurgia Vascular. Em ocasiões como essas, consideramos que os profissionais estão aptos para atuar em ambas as áreas.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião vascular em Divinópolis! 

 

O que é trombose venosa profunda?

A trombose venosa profunda é um problema de saúde bastante grave, com consequências sérias e que podem até mesmo levar à morte. É possível prevenir a doença, mas é imprescindível estar sempre atento às transformações do corpo e aos sinais de que algo está fora da normalidade.

Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre as características dessa enfermidade, sobre as suas causas mais comuns e as formas de tratamento existentes. Para saber mais, prossiga com a leitura.

O que é trombose venosa profunda?

Causada pela formação de coágulos, também chamados de trombos, no interior das veias profundas, a doença acomete, na maior parte das vezes, as panturrilhas e as coxas. Pode alcançar os braços, mas essa é uma situação um pouco mais rara.

A movimentação do coágulo no organismo pode provocar uma série de complicações ao indivíduo atingido: a embolia pulmonar por obstrução de artéria, por exemplo, é um dos males potencialmente fatais que podem atingir pessoas com trombose.

Outras complicações incluem a insuficiência venosa crônica, caracterizada pela destruição das válvulas interiores das veias do coração.

Quais são as causas?

Pessoas com predisposição genética devem fazer exames periódicos, uma vez que a doença pode atingir diversos indivíduos em uma mesma família.

Idade avançada, assim como colesterol alto, excesso de gordura corporal e o uso prolongado de remédios anticoncepcionais também estão atrelados ao desenvolvimento da enfermidade.

Pessoas sedentárias e que tendem a passar muito tempo na mesma posição, como as que trabalham sentadas ou que ficam por muito tempo deitadas, também devem redobrar a atenção: a principal causa da trombose é a imobilidade.

Quais são os sintomas?

Em alguns casos, é assintomática. Quando se manifesta, no entanto, pode vir acompanhada dos seguintes sintomas:

  • acúmulo de líquidos, também conhecido como edema;
  • vermelhidão excessiva da pele, com aumento da temperatura corporal e sensação de calor;
  • rigidez muscular;
  • úlceras;
  • endurecimento e escurecimento da pele afetada;
  • dor na região atingida e em áreas próximas.

Pessoas com casos de trombose venosa profunda na família podem e devem tomar alguns cuidados, como evitar o tabagismo, praticar atividade física regularmente, aumentar o consumo de água, manter o peso e o colesterol sob controle.

No que tange à utilização de anticoncepcionais, a melhor opção é conversar com um médico sobre as opções do mercado, escolhendo a melhor indicação para cada caso. A automedicação nunca deve acontecer.

Como é feito o diagnóstico? E o tratamento?

Após análise clínica, é natural que o médico solicite ao paciente que faça alguns exames de laboratório ou imagem, como a ressonância magnética e o ecodoppler colorido, que propiciam uma análise completa.

Quando a trombose venosa profunda está em estágio inicial, o objetivo do médico deve ser evitar a formação de coágulos, por meio de medicação ou tratamentos específicos. Se os coágulos já existem, o esforço passa a ser para estimular o organismo a absorvê-los.

Alguns casos podem exigir que o paciente seja submetido à cirurgia. Como sempre, essa é uma prática que deve ser feita quando esgotarem-se as demais possibilidades ou quando o paciente estiver em risco.

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Síndrome da classe econômica

Nos últimos 10 anos, o número de passageiros e viagens aéreas vem aumentado exponencialmente e junto um aumento da incidências de doenças associadas as viagens aéreas, especialmente nas viagens de longa duração. Neste contexto o aumento dos episódios de tromboembolismo venoso em viagens aéreas, comumente chamada de Síndrome da classe econômica.

No entanto, existem várias característica e detalhes que influenciam para o risco do tromboembolismo. Esses riscos devem ser avaliados para definir quais são as melhores prevenções e quais pacientes mais se beneficiam delas, quando referentes à Síndrome da classe econômica.

Aqui iremos avaliar os fatores que aumentar os riscos de tromboembolismo venoso, assim como as indicações para prevenção.

A primeira dificuldade é definir quais episódios de tromboembolismo podem estar associados as viagens aéreas: quanto tempo depois da viagem ainda consideramos a relação ? As alterações ocorre na maioria das vezes nas primeiras duas semanas, sendo mais comum nos primeiros quatro dias, mas podendo ainda ocorrer até 30 dias após a viagem.

Em média, sabe-se que o risco de TVP associado a viagem aéreas tem um risco global de 2,8 vezes mais comum associado a viagens aéreas e esta relação aumenta quanto maior  a duração da viagem.  Para pacientes submetidos a cirurgias recentes, este risco pode aumentar em 20 vezes e para paciente oncológicos, o risco chega a ser 18 vezes maior quando comparados aos outros passageiros.

 

Os fatores de risco associados as viagens são:

  1. Hipóxia: a hipóxia que é a diminuição da quantidade de oxigênio na cabine do avião esta associada a diminuição da pressão atmosférica interna da aeronave.
  2. Posição viagem: a estase venosa (que é a lentificação da circulação do sangue nas veias) esta associada a posição sentada prolongada e a dificuldade de mobilizar as pernas, principalmente quando associado a casse econômica, devido ao espaço entre as poltronas.
  3. Desidratação: a baixa umidade durante os vôos estão associados a um aumento das chances de desidratação e isso provocaria um aumento da concentração do sangue, consequentemente um aumento da viscosidade do sangue e aumento do risco de trombose.
  4. Duração do voo: existe uma relação direta entre a duração do voo e o risco de trombose. Sabe-se que a incidência de trombose é maior em voos acima de 6 horas de duração. O risco de trombose aumenta em 2,3 vezes em voos longos quando comparados a voos curtos e o risco cresce em média de 26% a cada duas horas adicionais de voo.
  5. Tipo de classe e localização do assento: apesar do nome comum de Síndrome da Classe econômica, existe uma diferença muito pequena na incidência de trombose quando comparado classe econômica, classe executiva ou primeira classe. No entanto, o risco de trombose aumenta cerca de 2 vezes quando comparado ao paciente que viaja na janela e o paciente que viaja no corredor. Isso porque na janela, a chance de mobilidade é menor, principalmente em pacientes obesos.

 

Os fatores de risco relacionado ao passageiro:

  1. Uso de anticoncepcionais orais, terapias hormonais ou gestantes: estudos mostram que a chance de uma mulher em uso de ACO desenvolver um quadro de trombose em viagens de longa duração é 40 vezes maior quando comparado a população geral. Em termos absolutos, o risco em viagens prolongadas de se desenvolver trombose para mulheres em uso de ACO é um em cada 259 voos, no caso de mulheres em terapias reposição hormonal é 1 em cada 405 voos e no caso de gestantes 1 em cada 109 voos.
  2. Obesidade: os passageiros de sobrepeso e obesidade tem um aumento das chances de trombose, principalmente quando viagem nos assentos de janela.
  3. Cirurgia recente: o risco de evento tromboembólico aumenta em 20 vezes nos paciente com cirurgias recentes, quando comparados a população em geral.
  4. Câncer: os casos de neoplasia em geral aumenta o risco de trombose entre 4 a 7 vezes. Quando associados a viagens longas, este risco chega a aumentar em até 18 vezes.
  5. Trombofilias: algumas predisposições genéticas para trombose (trombofilias) tem aumento do seu risco quando associado a viagens prolongadas.
  6. Outros fatores: existem a relação de outros fatores com viagem prolongadas e um aumento do risco de trombose: traumas recentes com imobilização, idade superior a 40 anos, doença venosa crônica (varizes) avançado, insuficiência cardíaca.

 

   Com relação as medidas de profilaxia (prevenção) no caso da Síndrome da classe econômica, temos as medidas gerais como evitar a desidratação através da ingestão de agua e suco e evitando ingestão de bebidas alcoólicas. Outra medida é o estimulo da mobilidade dos membros inferiores, seja através da deambulação dentro do avião ou através de atividade de flexão dos pés e pernas enquanto sentados.

   O uso de meias elástica como forma de prevenção tem resultados presentes. Sabe que o uso de compressão elástica irá otimizar o  retorno venoso e estudos mostraram a diminuição da incidência de eventos tromboembólicos associado ao uso das meias elásticas.

A profilaxia através dos uso de antigregantes planetários, como o AAS não apresentou nenhum benefícios para o quadro de Síndrome da classe econômica, sendo até contra indicado o seu uso para esse propósito.

O uso de anticoagulantes sejam injetáveis ou orais apresentam excelente eficácia quando a prevenção aos episódios de tromboembolismo associado a viagens prolongadas. O importante é avaliar o risco benefícios (eficácia de prevenção e risco de sangramento) para cada paciente individualizado, permitindo assim os melhores resultados para cada caso.

Procure um especialista médico antes de realizar sua viagem. Com certeza esta consulta lhe trará inúmeros benefícios !

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Doença arterial periférica: sintomas, causas e tratamentos

Mais frequente nos homens do que nas mulheres, a doença arterial periférica atinge de 10 a 25% na população acima dos 55 anos. É uma condição circulatória em que ocorre o estreitamento e endurecimento das artérias responsáveis pelo transporte do sangue para os membros inferiores.

Na maioria das vezes, a obstrução ocorre quando há acúmulo de placas de gordura e perda de flexibilidade nas paredes dos vasos sanguíneos, além de excesso de inflamação no local. A passagem do sangue se estreita até que se fecha por completo, o que pode levar à amputação.

Um grande problema é que cerca de 70 a 80% dos indivíduos acometidos pela doença não apresentam qualquer sintoma ou sinal. Isso dificulta o diagnóstico precoce, um ponto fundamental para o início do tratamento.

Causas da doença arterial periférica

A doença arterial periférica é frequentemente causada pela aterosclerose, uma condição em que depósitos de gordura se acumulam nas paredes das artérias e prejudicam o fluxo de sangue.

A aterosclerose tem progressão lenta e afeta artérias grandes e médias, principalmente as coronárias, as cerebrais, a aorta, o tronco braquiocefálico e as ilíacas.

Os fatores que costumam aumentar o risco de desenvolvimento da doença são: 

  • colesterol alto;
  • diabetes;
  • hipertensão;
  • tabagismo;
  • idade avançada;
  • histórico familiar;
  • altas taxas de homocisteína (componente da proteína que ajuda a construir um tecido).

Sintomas

Alguns sinais e sintomas mais comuns do problema são:

  • fisgadas na perna, especialmente na panturrilha;
  • sensação de fadiga nas pernas;
  • sensação de cãibra ao caminhar ou se exercitar, com melhora ao parar de mexer as pernas;
  • perda de pelos nas pernas;
  • unhas dos pés enfraquecidas;
  • coloração mais esbranquiçada dos membros inferiores;
  • infecções constantes nos pés.

Tratamento

O tratamento é feito com o objetivo de amenizar os sintomas e evitar a progressão da aterosclerose, reduzindo o risco de complicações, como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC). 

A maioria dos casos é tratada com atividade física e mudança de hábitos de vida, como parar de fumar e manter uma alimentação saudável. É importante controlar a pressão arterial, os níveis sanguíneos de colesterol, triglicérides e a diabetes.

Os casos mais graves exigem intervenção cirúrgica aberta ou por técnica endovascular. O objetivo do procedimento é a desobstrução da artéria e restabelecer o fluxo sanguíneo. As três principais intervenções indicadas são:

  • Cateterismo das artérias para realização de angioplastia com ou sem a utilização de stents (prótese metálica expansível);
  • Revascularização cirúrgica com pontes (bypass), utilizando a veia safena do próprio indivíduo ou próteses vasculares sintéticas;
  • Endarterectomia para a retirada cirúrgica das placas que obstruem os vasos, liberando o fluxo para as extremidades dos membros.

Nos casos de gangrena extensa, com a morte dos tecidos, há o esgotamento das possibilidades de tratamentos para a doença arterial periférica, com indicação de amputação do membro.

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